Assim começa a minha história com a escrita.
Vou contar para vocês um pouco da minha história e
como aconteceu o meu despertar para a escrita.
Desde pequena sempre gostei de ler e na adolescência
escrevia cartas e desabafos em caderninhos.
Como médica, continuei a ler muito, mas escrevia
apenas textos técnicos relacionados com a minha profissão.
Sentia falta de algo.
No dia oito de novembro de 2014 conheci a psicóloga
Cristiana Seixas (www.crisseixas.com.br) no Fórum de Humanização do Viva e Deixe Viver (www.vivaedeixeviver.org.br). Eu participava de um curso de formação de
voluntários para contar histórias para crianças e adolescentes em ambiente
hospitalar. Aliás, ser voluntária foi uma experiência inesquecível para mim.
Quando lia para uma criança e conseguia faze-la sorrir e esquecer da dor, eu
também ficava mais leve. O remédio da leitura também fazia efeito em mim.
Foi no curso de
formação de voluntários que conheci a Cris. Fiquei fascinada com aquela mulher
magra e alta que declamava poesia com tanto encantamento. Senti uma emoção, como
há muito tempo não sentia.
Ela falou de
“biblioterapia”, palavra para mim até então desconhecida. Não imaginava que alguém
poderia se tratar com livros.
Fiquei tão curiosa,
que no intervalo das palestras corri para ser a primeira a comprar o seu livro.
Seu livro passou
então a ser meu livro de cabeceira, rabiscado, com pontinhas dobradas e algumas
anotações.
Algum tempo depois
comecei a frequentar os círculos de biblioterapia, onde conheci pessoas que
amam ler e escrever. Pessoas extremamente corajosas que deixam fluir as emoções
despertadas pelas palavras.
No final do ano de 2015, publicamos nossa primeira antologia “Gavetas Acesas”. A biblioterapia despertou dentro de mim emoções que estavam guardadas há muito tempo. Me ajudou a abrir as minhas gavetas.
Publico agora nesse blog as minhas primeiras
escritas mediadas por esse processo. Hoje colho, mas também semeio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário